terça-feira, 29 de abril de 2014

INFOGRÁFICO

Festivais de música aumentam no Brasil


Entre os anos de 2013 e 2014, o Brasil recebeu diversos festivais de músicas. Desde festivais de sertanejo e axé, até de rock e música alternativa.

Juntamos os três principais festivais entre setembro de 2013 a abril de 2014 para comparar os públicos de cada um. Lembrando que cada festival tinha uma capacidade diferente de público em seus locais de apresentação.

Comparamos os públicos do Rock In Rio, que ocorreu em setembro de 2013; Monsters of Rock, que aconteceu em outubro de 2013; e o mais recente, que foi o Lollapalooza, em abril de 2014.





O Rock in Rio teve o maior público, pois durou duas semanas, de quinta a domingo, em um local com uma capacidade enorme para abrigar o público, a "Cidade do Rock". Também contou com pessoas do Brasil todo e de outros países, como Argentina e Chile.

O Lollapalooza foi realizado no Autódromo de Interlagos, também com um amplo espaço para receber seu público. A duração desse festival foi de dois dias, 7 e 8 de abril.

Já o Monsters of Rock, foi em um lugar bem menor do que os anteriores. Na Arena Anhembi, a capacidade máxima de público é de 40 mil pessoas. Baseado no fato de que todos os ingressos foram vendidos, chegamos a um total de cerca de 80 mil pessoas, nos dois dias de festival.

Porém o resultado geral foi que os festivais de música estão ganhando cada vez mais força no país, pois consegue reunir um diversificado público por conta de suas inúmeras bandas e estilos músicas que tocam nesses eventos.

domingo, 27 de abril de 2014

RESENHA

Guns and Roses abala as estruturas da Arena Anhembi






Com o habitual atraso, o qual não incomodou nem um pouco os fãs, pelo contrário, só deixou a ansiedade pior, Axl Rose e sua banda subiram ao palco 1h30 atrasados. Com "Chinese Democracy" iniciando o show da turnê "South American 2014", Axl já conseguiu o que queria: mostrar que, apesar de tantas mudanças na banda, ele ainda tinha fãs fiéis que continuavam a acompanhá-lo.

Mesmo não estando com a mesma voz e forma física dos tempos de "Apettitte for Destruction", Axl conseguiu fazer com que todos pulassem e cantassem juntos os clássicos do Guns And Roses. Os momentos em que o público e a banda mais se entrosavam eram quando os clássico mais antigos, como Welcome To The Jungle e You Could Be Mine, eram tocados.

Com um Axl Rose sorridente e brincalhão de frontman, o guitarrista Ron "Bumblefoot" Thal tocou a memorável música "Tema da Vitória", homenageando Ayrton Senna. DJ Ashba, outro guitarrista, abriu a tão famosa "Sweet Child O' Mine" com um solo de guitarra. Inclusive, foi o momento mais estrondoso do show. As 22 mil pessoas presentes cantaram em coro a música. Tanto que, para alguns, mais se ouvia o público do que o próprio Axl Rose.

Com pirotecnia durante algumas canções, como o cover de Paul McCartney, Live and Let Die, a banda mostrou mais qualidade e entusiamo do que as passagens anteriores (Rock in Rio 2011 e turnê brasileira em 2010). Axl Rose estava mais energético, carismático e animado do que antes. Volta e meia olhava a platéia com um sorriso, corria para as pontas do palco, onde era ovacionado pelos fãs. Podia ver que o vocalista e a banda estavam se divertindo junto com o público.

Com solos dos outros integrantes, o show também contou com a música Roquet Queen, na qual, quem estava na pista, tentou imitar os famosos passos do vocalista. Civil War surpreendeu a todos que estavam no Anhembi. A música não era tocada em shows há algum tempo. Além do cover de Paul McCartney, houveram couvers também de The Who ("The Seeker"), Sex Pistols ("Holiday in the Sun", a qual foi cantada pelo baixista, Tommy Stinson) e outra clássica que é sempre tocada pela banda, "Knockin On Heaven's Door", do Bob Dylan. Bumblefoot também cantou uma música de seu disco solo, "Abnormal". Paradise City fechou a noite com as famosas explosões de papéis picados e fogos de artifícios.

Por mais que os críticos estejam presos ao comportamento polêmico de Axl Rose e à saudades da formação original, Guns And Roses conseguiu a simpatia deles. Afinal, não se pode negar a energia emocionante que a banda ainda exerce sobre seu público. É um show feito especialmente para os fãs.




PERFIL

Tico Santa Cruz - O músico polêmico




Nascido no Rio de Janeiro no dia 30 de setembro de 1977, Luís Guilherme Brunetta Fontenelle de Araújo, ou Tico Santa Cruz, como é conhecido, é vocalista da banda de rock Detonautas Roque Clube, músico, compositor, escritor e ativista social. Chegou a cursar Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Educação Física e Comunicação, porém não conclui nenhum dos cursos. Em 1997, em uma sala de bate papo na internet, ele conheceu Eduardo Simão, o Tchello, baixista da banda. No decorrer da conversa sobre músicas, Tico perguntou se ele tocava algum instrumento. Foi quando ambos criaram a banda. 

Já com a banda original formada, Tico foi surpreendido pela gravidez da, agora mulher, Luciana Rocha, com quem é casado há 10 anos. Com o primeiro filho, Lucas, a caminho, ele teve que arrumar uma forma de sustentar ele e a família. Com isso, começou a correr atrás para que a banda Detonautas Roque Clube fizesse sucesso. A primeira música, "Outro Lugar" estourou nas rádios brasileiras e fez com que a banda se tornasse um sucesso nacional. Fã da banda norte-americana, Red Hot Chili Peppers, ele não acreditou quando chamaram o Detonautas para abrir os shows dessa banda em 2002. Ele disse que "foi uma coisa surreal, nunca tinha pensado em tocar com uma banda que inspirou o estilo do Detonautas". Em 2011, a banda realizou o sonho de tocar no palco principal do Rock In Rio, festival de música que acontece no Rio de Janeiro. Inclusive, neste show ele fez um discurso em tom político sobre as corrupções que estavam acontecendo no ano.

Em 2006, veio o baque. O guitarrista do Detonautas e grande amigo de Tico, veio a falecer em um assalto no Rio de Janeiro, dia 4 de junho. Abalado com a morte do amigo por causa da violência no país, Tico se aprofundou nas questões sociais. Ele sempre falou sobre elas nos shows da banda, comentando sobre a corrupção existente no país, a violência, entre outros assuntos. Inclusive, a música "Ladrão de Gravatas", do primeiro CD, fala sobre a corrupção no governo, que envolve políticos e empresários. Os "ladrões de gravata". Com a tragédia da morte do guitarrista, passou a frequentar os encontros do "Corujão da Poesia" e participar e organizar manifestações de cunho político-social. A partir desses encontros e manifestos, Tico criou o grupo "Voluntários da Pátria". Ele diz que esse grupo tem dois objetivos: manifestar sobre assuntos políticos-sociais utilizando o caráter lúdico e inteligente; e levar música, poesia e reflexões a lugares onde o conhecimento e a cultura possam ser transmitidos através da arte.

Como escritor, Tico escrevia em um blog pessoal que lhe rendeu a publicação de dois livros até agora: "Clube da Insônia" - o qual possui alguns textos de sua autoria que estavam no blog de mesmo nome - e "Tesão", um livro do contos e poemas eróticos.

Atualmente ele mantém um perfil no Facebook, onde discute sobre o que acontece no dia-a-dia dos brasileiros com seus fãs e outras pessoas que acompanham suas ideias e seu ideologismo. Ele diz gostar muito de conversar com essas pessoas, pois vê diversas opiniões diferentes e isso cria um bate papo interessante, onde ele e os outros possam aprender cada vez mais sobre as coisas. "Claro que tem aquele 'hatter' que aparece só para xingar o que eu escrevo, mas isso não me incomoda. Para cada pessoa assim, tem diversas outras que sabem ser civilizadas e ter uma discussão saudável, com cada um defendendo sua opinião sem ofender ou atacar o outro".

Também continua fazendo shows com a banda Detonautas Roque Clube, a qual está gravando um novo CD.


sábado, 26 de abril de 2014

CRÔNICA

Vingados Sete Vezes




A multidão aguardava ansiosa pelo início do show. Gritos de “Sevenfold! Sevenfold! Sevenfold!” eram ouvidos por todo o Espaço das Américas, onde ocorreria o evento. Vez ou outra, ouvia-se um arranhar na guitarra ou um batuque na bateria. A cada movimento ou som vindo do palco, era seguido por gritos daquelas pessoas vestidas de preto, com tatuagens e, alguns, com cabelos coloridos.
Então as luzes se apagaram.
Era o show do Avenged Sevenfold que se iniciava.
Gritaria, empurrões, pulos, celulares e câmeras fotográficas começaram a surgir quando o primeiro riff ecoou no ar. Depois de seis meses, a banda voltava ao Brasil, como fora prometido no Rock In Rio em 2013.
Foram quase 120 minutos de gritos cantando junto com o vocalista, M. Shadows. Quase duas horas de fãs dedicados e suados acompanhando a bateria, guitarras, baixo e gritos de sua banda preferida. Não fizeram feio. E como fariam? Eles estavam ali oara mostrar que os fãs brasileiros eram os mais dedicados e explosivos que o Avenged Sevenfold tinha pelo mundo afora. O que foi confirmado pelo baterista, Arin Ilejay, em uma entrevista ao jornal “O Globo”.
No final do show, quando os cinco integrantes se despediam do palco, se viam 8 mil fãs roucos, suados e com um sorriso enorme no rosto. “Dever cumprido”, diziam suas expressões.
Mas uma coisa era certa. Naquele momento, era o “melhor show” que eles haviam presenciado “da vida deles”.

ARTIGO

Peixes Voadores se apresentam em Festival Independente no Rio Grande do Sul







O Festival Independente divulgou mais uma banda que irá tocar no dia 11 de maio. 


Uma das bandas mais emergentes do Rio Grande do Sul, "Peixes Voadores" irá abrir o segundo dia do festival. Depois do clipe "Soldado de Chumbo", a banda gaúcha, "Peixes Voadores", lançou seu mais novo vídeo clipe. "Zumbis do Sistema", a canção que deu origem ao vídeo, mostra a maturidade do grupo, que já tocou com grandes bandas, como o Matanza. Com uma letra muito forte, a música tem uma pegada típica da banda e passa uma forte mensagem para seus fãs.


O Festival Independente acontece no Pepsi On Stage nos dias 10 e 11 de maio. Além do Peixes Voadores, tocarão Ultramen e Cachorro Grande. Este último fechando o último dia do festival. 


Os ingressos já estão à venda no site da Ingresso.com (www.ingresso.com). Para maiores informações, acesse o site.


EDITORIAL

No ritmo da emoção

A música popular de hoje em dia está cada vez melhor. Exceto aqueles "grandes sucessos" que não passam de um mês em algumas rádios. Isso porque, a maioria das músicas lançadas são de má qualidade, sem conteúdo e péssima harmonia. Música deve ter harmonia, melodia e ritmo. Sendo de fácil execução ou não.

Toda música popular vai virar da elite. Isso pode demorar 10 ou 100 anos, pois as músicas ficam a cada dia mais diferentes umas das outras. O que eu quero dizer é que se "ontem" o Rock and Roll foi considerado ''praga da juventude'', hoje é considerado um estilo simples e gostoso de ouvir. Mas não devemos pensar que o popular quer o mais simples, pelo contrário nós queremos o que tem de melhor no mundo da música.

O propósito aqui não é científico nem racional, mas sim emotivo. Quantas vezes já nos pegamos cantando ou ouvindo uma música, lembrando de situações passadas, de pessoas, lugares? É só fechar os olhos neste instante, pensar em sua canção favorita e deixar a mente vagar. Verá que não tem erro.

O que fascina é a incrível capacidade que ela tem de instigar nossos mais puros sentimentos, fazendo aflorar várias sensações diferentes no ser humano sem que, muitas vezes, nós nem tenhamos a percepção disso. A música tem um poder incrível, consegue fazer com que nos sentirmos racionais e irracionais ao mesmo tempo. É paradoxal, perturbadora, irritantemente doce e suavemente pesada. Harmonia, melodia e ritmo. Combinação tão matemática, tão perfeita. Já imaginou um filme sem trilha sonora? E o mundo sem som?

Penso que cada vez mais, nos tempos modernos e corridos que vivemos, precisamos nos dar um tempinho de vez em quando, para fugir da rotina e do estresse que nos assola. A música pode ser uma verdadeira aliada nesse processo, pois nos renova, nos faz pensar, nos deixa leve, purifica a alma.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

REPORTAGEM

Virada Cultural: a maior festa de rua de SP


Ruas lotadas e euforia estampada nas faces dos transeuntes que, apesar das inúmeras diferenças, se mesclam unidos com o mesmo intuito: diversão. Espetáculos dos mais diversos gêneros podem ser apreciados gratuitamente por todos aqueles cujo interesse despertar.

Paralelamente a uma apresentação teatral, há, com certeza, uma musical. De uma esquina a outra, o ritmo pode surpreender os ouvidos: MPB, reggae, rap, rock e eletrônica. Uma infinidade de estilos. Tem os que preferem apreciar exposições artísticas, apresentações circenses, ou ainda, saborear a gastronomia típica de alguns dos mais renomados chefes.

Em 24 horas ininterruptas é possível observar de tudo e mais um pouco na maior festa de Rua do Brasil: a Virada Cultural. Realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, desde 2005, o evento foi inspirado nas famosas "Noites Brancas" (Nuit Blanche) europeias, que ocorrem em Paris, Madri e Roma.

Em sua 10º edição, a Virada Cultural deste ano acontecerá nos dias 17 e 18 de maio, e está com a programação aberta para integrar espaços culturais da cidade, como livrarias, CEUs, cinemas, centro cultural, teatros, etc. ao calendário oficial do evento. Para tanto basta preencher um formulário disponível online até o dia 15 de maio.


Há quem diga que o evento vem perdendo o seu brilho. Para a estudante Egle Lima, 28, a virada precisa ser reinventada. "O fato de ser um sucesso de público é algo notadamente importante para a vivacidade cultural da cidade, mas não significa dizer que ela é um evento que está resolvido. Que não deve ser melhorado e repensado em alguns aspectos". Outros acham que é preciso melhorar apenas a questão da violência para que o evento volte a ser o que era antes. "Eu fui furtado na edição do ano passado. Foi uma muvuca e tinha pouca segurança. Se continuar assim, acredito que muita gente vá deixar de ir", declara o desing, Douglas Spuri.

Durante a Virada, ônibus, metrô e trem funcionam ininterruptamente, à disposição do usuário. O festival possui palcos temáticos como a Avenida São João (rock nacional), Praça da República (Samba), Largo do Arouche (estilo popular) e a Estação Júlio Prestes (MPB).

A programação deste ano ainda não foi confirmada. Outras informações relativas ao evento serão veiculadas pelos canais oficiais.

Confira:

Site oficial: www.viradacultural.prefeitura.sp.gov.br
Twitter: www.twitter.com/virada
Facebook: https://www.facebook.com/viradacultural.org



Mapa do evento